TEXTOS EM AVULSO
Andar ao poema
Vou andar ao poema
a dar de beber aos passaros.
Na fonte passeia um animal ondulante.
Um pescoço de gato preto a movimentar-se
no escuro.
Cegueira amavel e bruta provoca benzeduras
em surdina.
Roma mordida em golpes de sangue.
Surge um relâmpago na noite habitual
do desejo.
Tenho de fechar os olhos para ver o que se passa.
Vou continuar a andar no poema com a minha lingua
de falena arrependida.
No fundo, ao longe, vou andar ao poema
se nao acordar contigo.
Pacé, 31.O5.O8
4 commentaires:
sim sim
rezas e outras coisas
de tanto
de muro
de gato
de caldeirão
belo exorcismo já da noute dos tempos.
nas cavernas, à luz das chamas, em sombras dançantes, nas paredes projectadas?
falena, a língua, polvilhando de sulcos quase iridescentes os carreirais amaviosos do desejo...
bonjour Lidia, la danseuse de Ricardo, au bord de la rivière qui ne cesse de couler.
"Se não podes ser o poeta, sê o poema.
Belo texto...
Olá
cheguei até você pelos misteriosos caminhos da net, acho que passei pela alice macedo (certamente passei) e o encantamento que sinto ao ler os textos dela abriu as portas para assimilar suas palavras e imagens. Lindos! Abs (do Brasil) Claudia.
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