C'est un blog dédié à la danse,au théâtre, au travail issu de rencontres entre différents artistes. Nous vous invitons à le regarder et à le commenter.
dimanche 11 janvier 2009
Levar olhar para o engano.
O aristo, ( dialogo terno ),
segue a sua propria sombra,
distraido.
A passara-moira, pela ultima vez
bate as suas asas abertas,
fechadas, fechadas.
A quem se dirige a actriz ?
Ao mundo, penso eu, a cada um de nos em si.
« Tens vergonha pour eux, mon amour ? «,
repete Emanuelle Riva, num filme a preto e branco.
Desdobrada, ela espera que a venham libertar.
Pousada no meu peito uma joia de pano,
memorias cerzindo a seda ao tempo.
Dispo-me e caminho no quarto sem pudor algum.
Desalojar-te.
O que nao sai da parte de tràs do peito.
Arrancar o pé.
Nao ter medo de correr junto a ti.
Olhar o rio e nao ver o mundo que o envolve.
Estar absorta no piscar de olhos.
Passar ao lado de proposito.
Ver, ver, ver!
Fechar a boca.
Alargar o sorriso, despedaçar as lagrimas.
O mar solta na praia um pedaço de madeira,
forma de peixe, olho morto…
escamas alteradas e tumores em vez de guelras.
Sinto um cansaço naquele bicho imaginario,
uma quimera seca com a boca preta e o rabo cortado:
« - Que estranho ! disse, e lanço o pau às cegas".
(...)
extracto da peça:
"bem mais de dia que de noite"
Lidia
LM
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4 commentaires:
Interessante... fiz um poema me sentindo um peixe também! Beijo, Lídia (gostei bastante desse sentimento absurdo, que corrói o tempo)
dizas tu que...
e logo na terra onde deus foi fabricado
e fabricou aquela gente toda
depois afogou-a
mandou-a do eden para fora
que deus tao mau
gostei do teu poema
eu gosto do que fazes
beijos
Absorto no piscas de olhos, de pálpebras que neste momento eternizam o efémero presente ou futuro.
Deixo um beijo Lídia.
Adorei
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